A Volkswagen tem planos bilionários para o Brasil até 2028 e, entre o que pode estar nos planos, a eletrificação finalmente pode chegar aos carros da alemã produzidos no Brasil. Um flagra do perfil @carroscomrick e publicado pelo @placaverde mostra um misterioso SUV com ares de cupê foi visto circulando camuflagens pesadas, mas no que já parecer uma carroceria definitiva.
Como observado pela página, o veículo flagrado aparenta ser a nova geração do Volkswagen Nivus, que o perfil ligou ao chamado Projeto Saga. Como já era esperado, o SUV cupê da marca deve adotar eletrificação. Ainda é evidenciado o fato de a grade dianteira ser maior que a do carro atual. Além disso, os faróis e a dianteira do carro lembram não só o T-Roc europeu como a projeção que publicamos em março para o SUV de lá (fotos abaixo).
Hoje, a VW tem sistema híbrido-leve, híbrido pleno, híbrido plug-in e elétricos em seu portfólio global. A chegada da tecnologia híbrida sem a necessidade de recarga externa complementa o catálogo da marca na Europa desde a chegada do novo T-Roc e atende a consumidores que procuram o sistema eletrificado mais próximo ao que conhecemos, por exemplo, com a Toyota.
Isso pode indicar algo interessante para o Brasil. Relembrando, a marca investirá um total de R$ 16 bilhões no país até 2028, o que inclui quatro modelos inéditos – coloque na conta o Tera, a futura picape intermediária e, como grande aposta, as novas gerações de T-Cross e Nivus. Nisso, teremos uma nova plataforma, chamada MQB Hybrid, ou uma provável mistura entre a atual MQB-A0 e a base atualizada, usada pelo T-Roc.

Flagra: Volkswagen Nivus 2028
Foto de: Placa Verde
Isso permitirá a evolução em sistemas de condução, dimensões e eletrificação em níveis mais amplos. Inicialmente, a marca deve trabalhar com o eTSI, que agrega um sistema híbrido-leve ao novo 1.5 turbo, já confirmado para São Carlos (SP), mas esse sistema híbrido pleno, que estreia na Europa em 2026, pode equipar a nova geração de modelos com essa base MQB Hybrid.
Como os investimentos no Brasil vão até 2028, é provável que as novas gerações dos SUVs compactos já tenham essa tecnologia HEV. Essa tecnologia tem uma força considerável no mercado brasileiro, principalmente pelos Toyota, e exige menos adaptações na rotina do comprador. Até mesmo o visual do T-Cross e Nivus podem ter muita referência neste novo T-Roc.
Segundo a revista Auto Esporte, o T-Roc servirá como base para os novos T-Cross e Nivus, com a palavra de Thomas Schäffer mais uma vez, que disse que o SUV europeu não virá ao Brasil. Tanto a plataforma quanto o conjunto híbrido estarão nos novos T-Cross e Nivus – e coloque na conta a picape intermediária. Depois de Nivus e Tera, o design e engenharia brasileiros ganharam força na matriz para produtos locais e soluções, como a própria MQBHybrid.
T-Roc: a origem
Conhecido como “SUV do Golf”, o T-Roc é, na Europa, posicionado acima do T-Cross (por lá com entre-eixos menor, do Polo) e do Taigo, o Nivus europeu. A nova geração cresceu, chegou aos 4.372 mm de comprimento e 2.629 mm de entre-eixos. Apesar de maior que o nosso T-Cross, tem menor entre-eixos, mas aponta para quase o segmento de médios no Brasil, na faixa dos 4,40 m.
| VW T-Roc (EU) | VW T-Cross (BR) | VW Nivus (BR) | |
| Comprimento | 4.372 mm | 4.218 mm | 4.266 mm | 
| Largura | 1.828 mm | 1.760 mm | 1.757 mm | 
| Altura | 1.573 mm | 1.575 mm | 1.499 mm | 
| Entre-eixos | 2.629 mm | 2.651 mm | 2.566 mm | 
Sua base é a MQBEvo, evolução da MQB-A1, base hoje em produção no Taos, e superior a MQB-A0, de T-Cross e Nivus. A própria VW já tinha anunciado uma nova base no Brasil, a MQBHybrid, que deve aproveitar muito da MQBEvo, mas não será surpreendente se acabar com alguma simplificação por custos.
O que mais interessa disso é que a atualização da plataforma trará para a VW do Brasil mais tecnologias de conectividade, segurança ativa e passiva e até mesmo porte e espaço interno. O refinamento será peça fundamental no que a marca fará nos próximos anos, além do sistema híbrido que o T-Roc trouxe com o 1.5 turbo, colocando um motor elétrico na transmissão, quase como um híbrido-pleno, sem necessidade de recarga externa.
Thomas Schäffer, CEO da marca Volkswagen global, já tinha falado em entrevistas no exterior sobre o uso desta tecnologia híbrida em regiões estratégicas, como o Brasil, onde o sistema eletrificado sem necessidade de recarga externas é melhor aceito. Como não é segredo que o 1.5 turbo será feito em São Carlos (SP), o conjunto híbrido entra no jogo, assim como um sistema híbrido-leve de 48 volts como opção mais acessível.
