Veja a história dos 50 anos do motor Audi de cinco cilindros



Em 2026, a Audi celebrará os 50 anos de seu icônico motor de cinco cilindros. Desde o lançamento no Audi 100 C2, em 1976, o propulsor tornou-se uma das marcas mais fortes da fabricante alemã, unindo compacidade, desempenho e um som inconfundível que segue definindo seus esportivos.

A origem do cinco-cilindros remonta ao fim dos anos 1970, quando o Audi 100 precisava de mais força sem recorrer a um seis-cilindros pesado e maior. A solução foi engenhosa: adicionar um cilindro ao EA827, criando um 2.1 de 136 cv que abriu caminho para décadas de evolução e para a consolidação do DNA esportivo da marca.

A brincadeira começou a ficar séria com o Audi quattro, em 1980. O motor ganhou turbo, intercooler e chegou a 200 cv, sempre acompanhado da tração integral permanente. Logo depois surgiu o Sport quattro, 24 cm mais curto e com 360 cv, criado para homologar o modelo do Grupo B, cujas versões de competição passavam dos 450 cv e marcaram época no WRC.

A escalada continuou nas pistas. Em 1987, Walter Röhrl guiou o lendário Sport quattro S1, com 598 cv, rumo à vitória em Pikes Peak, consolidando o cinco-cilindros como um dos motores mais emblemáticos já usados em rali. A sonoridade única, fruto da ordem de ignição 1-2-4-5-3, se tornaria assinatura definitiva da Audi.

Após um hiato nos anos 1990, o retorno aconteceu em 2009 com o TT RS. Ele utilizava uma versão preparada do propulsor que chegou a equipar o Jetta vendido no Brasil entre 2006 e 2010. No Volkswagen, ele era sempre aspirado — 150 cv nos primeiros anos e 170 cv nos derradeiros — disponível tanto no sedã quanto na Variant.

Em 2016, o 2.5 TFSI foi totalmente reprojetado, passando a usar bloco de liga leve, revestimento de plasma nos cilindros e redução de atrito, tornando-se 26 kg mais leve. Dessa evolução surgiram motores de 400 cv e 51 kgfm, hoje presentes no RS 3.

Na geração atual, o Audi RS 3 utiliza o cinco-cilindros mais avançado já produzido, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos. Cada unidade é montada à mão em Győr, na Hungria, ao longo de 21 estações de trabalho, reforçando o tratamento quase artesanal destinado ao propulsor.

No Brasil, o clássico motor retornou justamente com o RS 3 Sedã após sete anos de ausência. Vendido a partir de R$ 659.990, ele também é oferecido na versão Track por R$ 714.990, com pacote de fibra de carbono e freios especiais. O torque subiu para 51 kgfm, garantindo velocidade máxima de 250 km/h ou 280 km/h na configuração mais esportiva.



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