O plano de recuperação da japonesa Nissan vem mudando bastante as coisas dentro da marca. Em questão de meses, o fabricante originário de Yokohama expandiu a produção do novo Kicks para mais mercados, mostrou ao mundo o novo Sentra e deu adeus ao sedã médio-grande Altima e ao esportivo GT-R.
Entre as baixas, há a promessa de que, em algum momento, o “Godzilla” voltará. A Nissan, entretanto, ainda não sabe como. Já no caso dos sedãs, a situação é um pouco mais complicada, já que o único modelo considerado global pela empresa no seu plano RE: Nissan é o Sentra. Mesmo assim, as particularidades do mercado chinês levaram a marca a desenvolver um novo modelo para a região. Ou melhor: dois.
Um deles, inclusive, já foi visto em testes no Brasil e pode ser uma resposta à recente invasão de modelos chineses. Estamos falando do N7, um sedã elétrico com porte superior ao do Sentra e que é feito através da joint-venture Dongfeng-Nissan. Agora, como forma de completar essa família, a japonesa acaba de apresentar o N6, um pouco menor, que servirá como opção híbrida plug-in.
O design tem muito do N7, utilizando a plataforma modular Tianyan, desenvolvida para veículos elétricos puros (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e até modelos com extensor de autonomia (EREV). A frente é limpa, com uma barra luminosa ligando a dianteira de canto a canto, enquanto os faróis em si ficam na parte inferior. As laterais possuem maçanetas retráteis, enquanto a traseira traz lanternas interligadas com placa no para-choque.
Foto de: CarNewsChina
Já no interior, como é padrão em carros chineses, o painel segue o visual horizontalizado, com boa parte de suas funções concentrada na grande central multimídia, que fica em posição de destaque na parte central do painel. Aqui, a linguagem visual é bem mais Dongfeng do que Nissan.
Sob o capô, diferente do N7 e do Sentra, o N6 adota um conjunto totalmente voltado à eficiência. Ele combina um motor 1,5 a combustão com um motor elétrico alimentado por uma bateria de fosfato de ferro-lítio de 21,1 kWh. Segundo o ciclo CLTC, o modelo oferece 170 km ou 180 km de autonomia puramente elétrica, dependendo da versão.
Foto de: CarNewsChina
Segundo a mídia chinesa, o modelo também tem porte superior ao do Sentra. De fato, o N6 é mais longo, mais largo e tem entre-eixos maior que o sedã vendido no Brasil. São 4,83 m de comprimento contra 4,65 m do Sentra, além de 1,89 m de largura e entre-eixos de 2,82 m — um ganho de quase 12 cm na distância entre as rodas.
Ainda assim, ele não chega ao patamar do N7, que avança para dimensões de sedã grande, com 4,93 m de comprimento e entre-eixos de 2,91 m. Assim, o N6 se posiciona como uma alternativa intermediária: maior que o Sentra, mas menor que o topo da nova linha. Por aqui, ele poderia ter espaço acima do tradicional sedã médio da marca, atuando como concorrente do BYD King e do Civic Advance, que estão na faixa entre R$ 169.990, no caso do chinês, e R$ 265.900, no caso do Honda.
