Flagrada pela primeira vez na semana passada em um furo global do Motor1.com Argentina, a nova geração da picape Amarok acaba de aparecer também em testes nas rodovias brasileiras. As imagens, postadas pelos nossos colegas do @placaverde, revelam a picape rodando junto a geração atual.
O novo modelo não deve ser confundido com a Amarok de segunda geração, fabricada na África do Sul e vendida em muitos outros mercados, desenvolvida em parceria com a Ford. Essa nova Amarok é um clone da atual Ford Ranger, que fazia parte do Projeto Cyclone global foi cancelado na Argentina.
A nova Amarok ”South America”, que continuará a ser fabricada na Argentina, seguirá caminho diferente e buscará inspiração em um modelo chinês: trata-se da SAIC Maxus Interstellar X, uma picape bem maior que a vendida atualmente.
Trará ainda uma nova plataforma caracterizada por uma estrutura monobloco, mas com um chassi tradicional que a torna mais robusta ao mesmo tempo em que economiza peso e oferece maior conforto ao dirigir.

Foto de: Motor1 Argentina
No visual, ao contrário do que se especulava, a picape não parece ter grandes diferenças de sua equivalente vendida pela SAIC. No flagra argentino, até mesmo as rodas possuíam o mesmo design. O modelo visto no Brasil e na Argentina, entretanto, pode ser uma mula, uma espécie de protótipo que se caracteriza por utilizar carroceria de outros modelos ”na prateleira” para testes de motorização, suspensão e elétrica.
Como é a SAIC Maxus Interstellar X
Recentemente, o Motor1.com Brasil teve oportunidade de conhecer a picape que dará origem a nova Amarok durante o Salão de Xangai 2025, ocorrido entre os dias 23 de abril e 2 de maio.
Em termos de dimensões gerais, a picape da SAIC é significativamente maior do que a Amarok atual produzida em Pacheco (ARG): ela mede 5.500 mm de comprimento (150 a mais do que a picape atual da VW), 2.005 mm de largura (51 a mais) e 1.860 mm de altura (um a mais). A distância entre-eixos é de 3.300 mm (203 a mais).

Foto de: Rodrigo Perini

Foto de: Rodrigo Perini
E também se difere da picape alemã pela sua plataforma, que é do tipo monobloco. Tem uma carroceria monobloco de fato, como pode ser visto pela caçamba que não é separada do restante da picape, mas ainda adota um chassi tradicional por baixo. A SAIC batizou a solução de “semi-monobloco”.
O interior, por sua vez, tem padrão bem diferente do que estamos acostumados a ver nos Volkswagens, com tela inteiriça tanto para o painel de instrumentos quanto para o multimídia e ausência quase completa de botões para comandos de ar condicionado e outras funções táteis. Muito provavelmente veremos um painel totalmente diferente desenhado pela equipe da marca no Brasil e mais próximo do visto nos SUVs da alemã.

O interior da SAIC Maxus Interstellar X
Foto de: Rodrigo Perini
O que já é dado como certo, entretanto, é que essa nova plataforma permitirá que a Volkswagen introduza novas mecânicas. A base estrutural foi projetada para ser equipada com motores a gasolina, híbridos e até mesmo 100% elétrico, permitindo assim a marca ir além do atual V6 turbodiesel oferecido por aqui e o 2.0 oferecido no mercado argentino.
O lançamento comercial da nova geração está previsto para acontecer em 2027 na Argentina, chegando na sequência no mercado brasileiro. A Amarok atual poderia deixar de ser produzida nessa época em Pacheco (ARG), embora ainda não tenha sido descartada a possibilidade de ambas coexistirem no mercado por um tempo.