Por que a VW Amarok nunca teve uma versão SUV?



Quando apresentou a Amarok em meados de 2010, a Volkswagen saiu da sua zona de conforto no segmento de carros pequenos europeus e entrou de vez no mundo das picapes médias com construção sobre chassi. A aposta deu certo, com o modelo permanecendo em produção até hoje, mas ele quase teve uma companhia que nunca chegou a ver a luz do dia: um SUV derivado.

Como se sabe, apenas a picape chegou às lojas. Mas a marca alemã cogitou um modelo de sete lugares, que teria a missão de enfrentar concorrentes como Mitsubishi Pajero, Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer. O projeto jamais foi negado oficialmente pela montadora, mas acabou congelado em algum momento entre o desenvolvimento da Amarok e o ano de 2014, e desde então nunca havia sido visto pessoalmente.

Pelo menos até agora.

O protótipo das imagens, visto recentemente na Alemanha, data de 2011 e foi descoberto por acaso pelo influenciador Marc Pelzer em uma oficina local. O conceito, totalmente funcional, traz a frente idêntica à da primeira geração da Amarok, mas com uma traseira redesenhada, adaptada para a carroceria SUV.

O exemplar encontrado por Pelzer chama atenção pelo interior em couro marrom claro e por uma característica curiosa: a porta traseira com três modos de abertura. Ela pode ser erguida verticalmente, aberta lateralmente para a esquerda ou apenas pelo vidro traseiro, que também se levanta. Entre os equipamentos, há itens que em 2011 eram raros na linha Amarok, como bancos aquecidos e fixações Isofix nos assentos traseiros.

 

Mesmo que o projeto tivesse avançado, ele não poderia ser vendido na Europa. Enquanto a picape Amarok era homologada na União Europeia como veículo comercial, o SUV precisaria ser registrado como automóvel de passageiros. Na época, os motores 2.0 turbodiesel da Amarok atendiam apenas às normas de emissões válidas para veículos de trabalho, e não para carros de passeio.

Segundo nossos amigos do Autoblog.ar, o projeto acabou definitivamente arquivado em 2014, quando a Volkswagen também suspendeu a possibilidade de produção na Argentina. Os altos impostos internos estabelecidos pelo governo da então presidente Cristina Kirchner encareceriam o SUV, que seria classificado como “veículo de luxo”, inviabilizando sua fabricação e venda.

Picape ganhará nova geração para a América do Sul

Se o SUV não teve sorte, a picape Amarok já tem uma nova geração confirmada para 2027. O futuro modelo compartilhará grande parte do seu desenvolvimento com a chinesa SAIC Maxus Interstellar X, uma picape de porte superior à atual.

Ainda não se sabe até que ponto a “Amarok South America”, como foi chamada pela Volkswagen, mudará seu design em relação à Interstellar. Até o momento, o designer brasileiro João Carlos Pavone apresentou uma projeção que mostra uma grande evolução no desenho da dianteira, mas sem alterações significativas nas laterais. Caso o desenho da versão final siga fiel à Interstellar X, a Amarok repetirá a estratégia da Fiat Titano, que compartilha carroceria com a Peugeot Landtrek e a Changan Hunter.

Com 5,50 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,86 m de altura e 3,30 m de entre-eixos, a nova geração será maior que a atual, que mede 5,35 m de comprimento, 1,94 m de largura, 1,83 m de altura e 3,09 m de entre-eixos. O novo porte a deixará mais próxima de picapes grandes, como a Ram 1500, do que das médias, caso da Chevrolet S10.





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